Introdução

Para documentar o que aconteceu com cada indivíduo, bem como a história mais ampla das ameaças regionais aos defensores ambientais indígenas no Brasil, os pesquisadores estudantes da UC Network acessaram informações on-line de código aberto, que são definidas de forma geral como informações publicamente disponíveis na Internet, incluindo mídias sociais e relatórios de fontes de notícias, governos e sociedade civil, bem como imagens de satélite para acompanhar a erosão ambiental dos territórios indígenas ao longo do tempo.

O processo pelo qual o governo reconhece oficialmente os territórios indígenas no Brasil é chamado de demarcação. Até maio de 2023, havia  496 terras indígenas demarcadas no Brasil , com cerca de 237 territórios adicionais em diferentes estágios do processo de demarcação. A demarcação permite a reocupação das terras ancestrais pelos povos indígenas em nível federal e tem como objetivo garantir os direitos das comunidades indígenas dentro desses limites, especialmente prevenindo invasões por parte de pessoas não indígenas em busca da exploração de recursos. Para muitos povos indígenas no Brasil, a  demarcação é vista como a única solução  para pôr fim à violência perpetrada contra eles.

Defensores das Terras Indígenas

Aliado ao mapa adjacente que foca na região específica em destaque, para cada estado apresenta-se uma visão geral das características demográficas da população, incluindo os vários povos indígenas com terras naquela região, e destaca as ameaças em curso às comunidades indígenas, muitas delas relacionadas às práticas extrativistas do governo ou de empresas.

As terras indígenas estão sujeitas a uma exploração severa em todo o Brasil por diversos interesses políticos e econômicos, incluindo, mas não se limitando ao governo e às indústrias madeireira, mineradora e agrícola. A exploração madeireira no Brasil resultou em um  significativo desmatamento  das terras indígenas,  embora dados governamentais  apontem para uma queda nas taxas de desmatamento na Amazônia sob o presidente Lula.

Este relatório foi co-publicado com a Cultural Survival e a University of California Digital Investigations Netowrk.

Cultural Survival Logo

A Cultural Survival é uma ONG liderada por indígenas e sem fins lucrativos registrada nos Estados Unidos que advoga pelos direitos dos povos indígenas e apoia a autodeterminação, culturas e resiliência política das comunidades indígenas, desde 1972. Quaisquer perguntas sobre o relatório podem ser direcionadas à  Cultural Survival .

Marina Segatti, estudante de doutorado em Estudos Feministas na Universidade da Califórnia, Santa Cruz, traduziu o relatório para o português.

A Cultural Survival é uma ONG liderada por indígenas e sem fins lucrativos registrada nos Estados Unidos que advoga pelos direitos dos povos indígenas e apoia a autodeterminação, culturas e resiliência política das comunidades indígenas, desde 1972. Quaisquer perguntas sobre o relatório podem ser direcionadas à  Cultural Survival .