
Refloresta Rio
Programa de Reflorestamento do Município do Rio de Janeiro
Apresentação
Uma cidade mais verde, com nossas florestas contribuindo para a redução de deslizamentos e enchentes, mais ricas em fauna e flora, protegendo as águas e proporcionado uma melhor qualidade de vida ao Carioca.
Tudo isso vem sendo almejado na Cidade Maravilhosa há mais de 30 anos, e mesmo com todos os desafios, a Prefeitura do Rio de Janeiro vem, através da implantação de reflorestamentos, conseguindo melhorar a paisagem e trazer benefícios ambientais para o nosso município.
Além de proteger e proporcionar o desenvolvimento da regeneração natural das florestas e tentar nos aproximar ainda mais da Mata Atlântica original, o reflorestamento também se torna uma barreira para evitar as ocupações em área de risco.
Rocinha: antes e depois (1996 - 2019)
História
Origem dos Reflorestamentos
A cidade do Rio de Janeiro é conhecida mundialmente como Cidade Maravilhosa principalmente devido as suas características naturais. Dentre estas podemos citar sua geografia onde se destacam três grandes maciços: Gericinó, Pedra Branca e o da Tijuca, sobre o qual surgem morros e picos que junto a outros atributos formam a bela paisagem carioca.
Essa topografia acidentada traz não só beleza, mas também significa a existência de muitos pontos na cidade com risco de deslizamentos , fato que ao longo dos séculos foi agravado por um processo de uso e ocupação desordenada do território.
Matéria do Jornal Última Hora, 20/12/1954, capa. Disponível em https://bndigital.bn.gov.br/hemeroteca-digital/ acesso em 19/11/2020
Desde a época colonial até os dias atuais a Mata Atlântica, que originalmente recobria as encostas da cidade, foi em muitos locais substituída, inicialmente para exploração madeireira, em seguida para dar lugar a agricultura e áreas de pastagem, que após abandonadas se tornaram áreas degradadas dominadas por gramíneas, sendo estas áreas ao longo dos últimos dois séculos ocupadas de forma desordenada para construção de moradias.
Este histórico culminou em muitos problemas ambientais como a diminuição da Biodiversidade e impactos diretos sobre o dia-a-dia da população da cidade como escassez de água e agravamento de deslizamentos. Diante desta situação, iniciativas pontuais foram estabelecidas pelo o poder público, tendo como marco inicial o ano de 1861 com o plantio de árvores na área onde hoje se encontra o Parque Nacional da Tijuca , o primeiro grande projeto de reflorestamento do mundo
Matéria do Jornal Última Hora, 02/03/1959, pág.8. Disponível em https://bndigital.bn.gov.br/hemeroteca-digital/ acesso em 19/11/2020
No entanto somente após os agravamentos das chuvas na década de 60 e consequentes deslizamentos de terras, que no âmbito do poder público municipal foi criado um órgão para lidar com a situação, o embrião do que hoje é a Fundação Instituto de Geotécnica – GeoRio .
A partir do ano de 1966 as obras de engenharia civil necessárias para prevenção e mitigação dos deslizamentos em encostas da cidade ficaram a cargo da GeoRio, porém, somente na década de 70 que esta fundação, em parceria com a Fundação Parques e Jardins (FPJ), a antiga Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA) e a Secretaria de Estado de Agricultura, começaram a por em prática metodologias para a revegetação dessas encostas. (Relatório Técnico para Avaliação dos Projetos de Reflorestamento no Município do Rio de Janeiro, CECA - Março, 1987)
As atividades de reflorestamento efetivamente como Política Pública Municipal se iniciaram na década de 80, através de plantio em áreas de risco de deslizamentos, realizados a partir de contratos entre empresas terceirizadas e a Fundação Parques e Jardins, trabalho que pode ser considerado precursor do Programa Refloresta Rio apresentado neste Portal.
Programa Mutirão Reflorestamento
O Programa Mutirão Reflorestamento nasceu na década de 80 na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social – SMDS, como parte de um conjunto de ações (Programa Mutirão), cujo objetivo era promover a extensão de serviços públicos as comunidades carentes como escadaria, esgotamento sanitário, creches e reflorestamento.
O Reflorestamento foi a dimensão voltada para a contenção de encostas, recuperação e regularização das nascentes e mananciais, limitação da expansão das comunidades em áreas de risco e a recomposição paisagística ( BARBOZA, 2013 p. 73 ).
“No ano de 1987, através do Decreto Municipal nº 6787 de 2 de julho, criou-se o Programa de Reflorestamento e Preservação de Encostas, a cargo do Departamento-Geral de Parques e Jardins da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos.”
Para a implantação do Programa Mutirão Reflorestamento faz-se necessário uma solicitação formal feita pela associação de moradores ou entidade que represente a comunidade, seguida de avaliação técnica realizada pela Equipe de Engenheiros(as) Florestais e/ou Engenheiros(as) Agrônomos(as) da Gerência de Manejo Florestal – Coordenadoria de Áreas Verdes, da SMAC.
Engenheiro florestal Claudio Santana em vistoria para avaliar a viabilidade de execução do projeto.
Sendo constatada a viabilidade técnica e havendo disponibilidade orçamentária, equipamentos de proteção individual – EPI’s, materiais e equipe técnica para o acompanhamento, é elaborado o projeto executivo e reuniões são feitas com a comunidade para esclarecer o que é o programa e iniciar desta forma o processo seletivo de um morador que se tornará o encarregado e conduzirá a equipe de campo local.
Equipe de campo Reflorestamento Entre Rios II, Jacarepaguá.
A participação de moradores realiza a dimensão social do programa. Em muitos casos, o aprendizado das técnicas de recuperação ambiental adotadas no programa, torna-se um diferencial para o acesso ao emprego formal e atividades autônomas nesta área.
Devido ao pagamento da bolsa auxílio, o projeto é também um instrumento de geração de renda na comunidade e, portanto, de mitigação do desemprego, de educação ambiental e de produção de conforto. ( BARBOZA, 2013 p. 129 ).
Evolução do Programa Refloresta Rio
A equipe advinda da Secretaria de Desenvolvimento Social formada por profissionais que já projetavam e executavam reflorestamentos com o forte espírito social trazido das origens do programa formou o embrião da recém-criada Secretaria de Meio Ambiente – SMAC (1994) com o objetivo de ampliar a escala dessas atividades.
Equipe técnica do Inicio do Programa.
Aprimoravam constantemente suas técnicas e metodologias sem se deixar esmorecer pelos obstáculos enfrentados, nem perder a componente social nos projetos em cada comunidade atendida. Fator até hoje mantido e considerado crucial para o sucesso atingido.
“Um dos principais pontos de sucesso do processo foi envolvimento da mão-de-obra das comunidades carentes em parceria com o poder público.”
Rômulo Madeira, Engenheiro Florestal
O Programa foi além dos morros e chegou nos manguezais e restingas, expandindo assim, para espaços de comunidades impactadas pelas enchentes e com forte degradação pelo uso das praias.
Manguezal degradado da comunidade Jequiá, Cacuia, Ilha do Governador – 2002.
A partir de 2011 novas formas de implementação de projetos de reflorestamento vieram para somar forças ao Programa Mutirão Reflorestamento atuando onde não existem comunidades, por meio da utilização de fontes como recurso de isenção fiscal, contratos e, principalmente, a compensação ambiental em virtude de licenciamentos, e estes contratos são executadas por empresas privadas. As empresas atuam na execução dos projetos de reflorestamento sendo acompanhados e fiscalizados por técnicos da Secretaria de Meio Ambiente. A partir de 2019 essas ações passaram a compor o Programa Rio Verde Novo, que em parceria com o Programa Mutirão Reflorestamento formam o Refloresta Rio.
Com essa soma de esforços, em pouco mais de 10 anos, foi possível aumentar a cobertura verde da cidade em aproximadamente 900 hectares, com o plantio de mais de 2 milhões de mudas, mostrando ser capaz ter um Rio Verde Novo.
Objetivos
Os objetivos do Programa Municipal de Reflorestamento e Preservação das Encostas foram atualizados através do Decreto 32.716 de 26 de agosto de 2010.
I - promover o reflorestamento de áreas montanhosas, nascentes, Áreas de Preservação Permanente, faixas marginais de proteção dos cursos d`água, fragmentos florestais existentes no território do Município, bem como das Unidades de Conservação e sua Zona de Amortecimento, com o propósito de restaurar a biodiversidade, proteger os mananciais e a rede de drenagem, diminuindo riscos de deslizamentos e inundações;
II - proteger, desenvolver e acelerar a regeneração das florestas nas Áreas de Interesse Ambiental do município, unindo fragmentos florestais e visando à formação de corredores ecológicos;
III - delimitar fisicamente as áreas de domínio público ou privado, necessárias à preservação ambiental ou à implantação de programas de recuperação ambiental para fins de reflorestamento, manutenção, recuperação ou revitalização das condições ambientais, quando se tratar de Área de Preservação Permanente, conforme os termos da Lei Federal nº 4.771 /65;
Risco de rolamento de blocos rochosos na comunidade da Rocinha, São Conrado, 1990.
IV - deter a ocupação irregular das Áreas de Interesse Ambiental do município, impedindo a construção de moradias e o desenvolvimento de atividades que possam trazer danos ao meio ambiente;
Convite para evento de plantio.
V - apoiar as iniciativas da sociedade no sentido da mobilização, conscientização e organização de campanhas, grupos e entidades para a defesa das áreas de preservação, visando a consolidar uma política de proteção dos recursos naturais, incentivar a educação ambiental e democratizar as relações entre governo e a comunidade que tenham por objetivo a melhoria da qualidade do meio ambiente no município;
Curso de Atualização de Colaboradores, 2016.
VI - compatibilizar a recuperação e a proteção das florestas e demais formas de vegetação com a geração de trabalho e renda das populações vizinhas;
Quem somos
Todos os projetos são acompanhados pela equipe técnica da própria prefeitura. São engenheiros florestais, agrônomos, biólogos e administradores que trazem consigo o mesmo espírito dos técnicos do início do programa, incorporando novos conhecimentos e novos olhares, repensando constantemente o formato de trabalho e ajudando as equipes de campo a executar um trabalho de excelência.
Somado aos técnicos temos a atuação dos funcionários administrativos, que fazem as informações circularem, clareiam os procedimentos e permitem que os esforços dos engenheiros no campo sejam produtivos.
Em conjunto temos a atuação de outros setores que se esforçam para desenvolvimento das ações como por exemplo Centro de Educação Ambiental, Gerência de Recursos Humanos, Comlurb, Fiscalização Ambiental e GeoRio.
Como Fazemos
Infraestrutura
Ao longo dos anos, para atender a crescente demanda tivemos que montar uma estrutura robusta, que se iniciou em 1996 com inauguração do viveiro de Fazenda Modelo localizado em Guaratiba.
Hoje contamos com seis viveiros. Temos ainda equipes de coleta de sementes que tem como objetivo identificar e coletar sementes de espécies interessantes para o reflorestamento.
Viveiro de Vila Isabel.
Com o crescimento do programa outros viveiros como de Campo Grande e Vila Isabel foram inaugurados, gerando um maior volume de mudas para ser consumidos pelas áreas de reflorestamento.
Viveiro de Campo Grande.
Com o início do trabalho em área de restinga, em 2001, inauguramos o viveiro de Grumari.
O viveiro do Parque Royal tem como objetivo a produção de mudas de manguezal.
Recentemente, viemos a administrar o Horto Rizzini, que ocupou um vácuo existente na busca de novas espécies e na criação de protocolos para que a informação sobre a produção de cada espécie possa ser divulgada dentro e fora do nosso programa.
Estes viveiros juntos, tem a capacidade de produzir mais de um milhão de mudas por ano entre cerca de 200 espécies arbóreas e 130 espécies arbustivas, herbáceas e trepadeiras. Para mais informações sobre nossa produção de mudas, acesse o nosso Manual de Produção de Mudas de espécies nativas do bioma Mata Atlântica.
Veículos para transporte de mudas.
Para o envio destas mudas usamos veículos oriundos de contratos. Estes veículos podem tanto ser caminhões de pequeno porte, que atendem grande parte das áreas quanto picapes com tração nas quatro rodas que acessam lugares altos e íngremes. Mas ainda assim existem lugares onde os mutirantes tem que andar grandes distâncias carregando mudas.
Ainda precisamos de veículos que levem os técnicos da SMAC aos diferentes pontos do município onde existem as atividades e levar as equipes de coleta de sementes nos locais de ocorrência das espécies.
Áreas de Atuação
O Programa Refloresta Rio atua em ambientes degradados do Bioma Mata Atlântica e seus ecossistemas associados, especificamente na recuperação de Florestas Ombrófilas Densas, Restingas e Manguezais da cidade.
Floresta Ombrófila Densa
No Município do Rio de Janeiro, essa formação corresponde a 26.583 hectares. As florestas do nosso Município são de diversas idades, desde florestas recém plantadas ou em estágio inicial, até áreas mais preservadas, que tiveram pouca ação humana. As formações mais preservadas são caracterizadas por plantas que mantêm as suas folhas durante todo o ano, cobertura arbórea fechada formando um dossel uniforme e com pelo menos 20m de altura, podendo apresentar também árvores que vão acima das demais, com 50-60 metros de altura. Abaixo do dossel de árvores existem outras plantas que formam outros estratos, presença de palmeiras, trepadeiras, bromélias e epífitas. O solo apresenta deposição de serapilheira (restos de plantas) em intensa decomposição.
O nosso clima é o tropical úmido, com temperaturas altas e chuvas abundantes, o que acelera a ciclagem de nutrientes mas também intensifica processos erosivos. Como algumas espécies características da floresta ombrófila densa temos, por exemplo, os jequitibás, a sapucaia, o anda-açu, diversas figueiras e cedros. A grande maioria das frentes de reflorestamento do Programa Mutirão Reflorestamento atua na recuperação de áreas em encostas que eram originalmente florestas. (33 Anos Plantando Florestas no Rio de Janeiro, 2019)
Antes e depois Morro Dois Irmãos: 1998 e 2019
Restingas
As Restingas são ecossistemas próximos aos oceanos, ocorrendo em planícies arenosas. No Município do Rio de Janeiro nós temos cerca de 893 hectares, incluindo as vegetações herbáceas, arbustivas e arbóreas. Restingas brasileiras são um conjunto de tipos de vegetação ocupados por distintos grupos de espécies de plantas adaptadas a diferentes regimes e combinações de estresse, como salinidade, seca, altas temperaturas, vento e deficiências nutritivas. As nossas restingas foram colonizadas por flora e fauna provenientes das áreas de encosta da Mata Atlântica vizinha.
Dessa forma, muitas espécies são comuns a estes dois ambientes. A flora das restingas do Estado do Rio de Janeiro é constituída por mais de 1.000 espécies, especialmente ervas e arbustos, sendo as mirtáceas e as Leguminosas as famílias com maior riqueza. (33 Anos Plantando Florestas no Rio de Janeiro, 2019)
Antes e depois Praia da Reserva Eco Orla: 2001 e 2016
Manguezais
Os manguezais são ecossistemas costeiros que ocorrem em regiões abrigadas, como baías, lagoas e estuários e sua localização é restrita às faixas entre marés, sofrendo influência da sua ação periódica. São ambientes de transição entre os aquáticos e terrestres. Esses ecossistemas são áreas de concentração de nutrientes e atuam na proteção da linha de costa, retenção de sedimentos carreados pelos rios, renovação da biomassa costeira e funcionam ainda como um filtro biológico.
São áreas de reprodução de inúmeras espécies de crustáceos, moluscos e peixes de valor econômico, daí o título de berçário da vida marinha. Tem papel relevante também na nidificação, alimentação, repouso e abrigo de aves. Os manguezais do Município do Rio de Janeiro hoje ocupam uma área de aproximadamente 3.057 hectares.
Estão presentes na Baía de Sepetiba, Sistema Lagunar Jacarepaguá-Barra da Tijuca, Baía de Guanabara, principalmente nas Ilhas, e foram plantados na Lagoa Rodrigo de Freitas. A Secretaria de Meio Ambiente da Cidade já reflorestou manguezais localizados na Ilha do Governador: estuário do Rio Jequiá, Praia dos Galegos e Tubiacanga e no Bairro de Guaratiba às margens do Rio Piraquê. (33 Anos Plantando Florestas no Rio de Janeiro, 2019)
Antes e depois Parque Royal: 2000 e 2019
Atividades Desenvolvidas
Em função das características naturais desses ambientes e do nível de degradação ao qual foram submetidos ao longo dos anos, as atividades desenvolvidas são diversas e de acordo com o estabelecimento da vegetação.
O plantio de mudas é uma prática comum para recuperação ambiental dessas áreas. No entanto:
“Reflorestar não é só plantar mudas. Isso é apenas parte do processo. O programa de reflorestamento tem por premissa básica cuidar da área até o estabelecimento da vegetação plantada, o que inclui o controle de invasoras como o capim, combate às formigas, prevenção e combate a incêndios, contribuindo também para que a regeneração natural do próprio local, com suas espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas, possa ocorrer em conjunto com o plantio das nossas mudas”. (33 Anos Plantando Florestas no Rio de Janeiro, 2019)
A seguir apresentamos de uma forma geral as atividades realizadas no âmbito do Programa Refloresta Rio, gostaríamos de salientar que as mesmas não são uma regra geral em todas as áreas, para cada uma delas são elaborados Projetos Executivos Específicos e em função do ecossistema a ser trabalhado, do nível de degradação e dos recursos disponíveis são traçados objetivos e atividades diferenciados.
Mobilização
Placa de sinalização das atividades.
Preparação para início das atividades de implantação do projeto como instalação de estruturas de apoio, sinalização, limpeza, remoção de animais e cercamento da área.
O lixo é um dos grandes desafios de nossa atividade.
Cercamento de áreas de reflorestamento.
Alguns projetos se iniciam em área usada para pastejo animal, quando há recursos, faz-se isolamento para impedir que estes animais entrem e causem dano às mudas.
Para a recuperação de manguezal o lixo chega a ser impeditivo, por isso nesta fase são instaladas barreiras flutuantes, importante para contenção de resíduos sólidos sobrenadantes trazidos pela maré.
Preparo da área
Manejo de Espécies Invasoras e Dominantes
As espécies classificadas como invasoras ou dominantes, que não tem ocorrência natural no ecossistema em recuperação, prejudicam o estabelecimento de mudas plantadas. Por isso, o manejo para retirada dessas espécies é uma atividade que requer esforços constantes desde a implantação da vegetação até a manutenção de áreas mais desenvolvidas.
Eliminar gramíneas indesejáveis é um dos grandes desafios dos projetos Programa Refloresta Rio.
“A metodologia com foco na capina de faixas em curva de nível, contribuindo para estabilização do solo, utilizada no início do Programa foi paulatinamente sendo aperfeiçoada. Atualmente sempre que possível, priorizamos a capina seletiva. Hoje, além dos ganhos na recuperação da cobertura arbórea e contenção de solo, há um aumento da diversidade.” 33 Anos Plantando Florestas no Rio de Janeiro, 2019
Área de capina seletiva com plantas herbáceas espontâneas preservadas.
Não são só as gramíneas atrapalham a implantação e desenvolvimento das áreas em recuperação. Outras plantas invasoras desde lianas trepadeiras, herbáceas, arbustivas e até arbóreas, apresentam em muitas áreas comportamento dominante e são permanentemente foco de capinas seletivas e desbastes.
Syngonium sp em comportamento dominante no Reflorestamento do Vidigal.
Desbaste de bambu no reflorestamento entre Rios II, Jacarepaguá.
Em algumas áreas espécies arbóreas como a leucena (Leucaena leucocephala) e o sabiá (Mimosa caesalpiniifolia), apresentam comportamento dominante formando populações homogêneas e dificultando estabelecimento das espécies nativas. Devido a características como rápido crescimento, contribuir para fixação de nitrogênio no solo e boa capacidade regenerativa após incêndio, essas espécies, apesar de serem exóticas, compunham, junto com outras espécies nativas, a lista de espécies pioneiras amplamente plantadas, principalmente em reflorestamentos de encosta após deslizamentos e com pressão contínua das comunidades do entorno.
População dominante de leucena (Leucaena leucocephala) no Morro da saudade, Humaitá.
O fato dessas espécies serem excelentes plantas colonizadoras de farta dispersão, associado a ocorrência de incêndios contínuos, podem ter contribuído, para a maior taxa de sobrevivência dessas espécies em detrimento das espécies nativas.
População dominante de sabiá no Morro do Andaraí, Tijuca.
Este cenário pode ser encontrado em reflorestamentos de encosta mais antigos onde essas espécies foram muito eficientes na melhoria das condições físicas, químicas e biológicas do solo, e ao longo das últimas três décadas proporcionam a estabilização das encostas, no entanto dificultam o incremento em diversidade nos reflorestamentos. Nestes casos são realizados desbastes de árvores destas espécies, formando clareiras que permitem o plantio de espécies nativas.
Desbaste de Sabiá. Reflorestamento Coroado, Jacarepaguá.
Prevenção e combate a processos erosivos
Material proveniente de capina depositado em curva de nível.
A retirada de espécies indesejáveis, que impedem e prejudicam o crescimento das mudas é imprescindível, mas deve estar associada a práticas que diminuam os efeitos do impacto e escoamento das águas da chuva no solo que inevitavelmente é exposto. Toda a matéria orgânica proveniente da retirada dessas espécies é depositada sob o solo. O material mais lenhoso como troncos e galhos grossos formam leiras em curva de nível. Já os galhos finos e folhas são depositados em cobertura por toda a área incrementando o aporte de matéria orgânica e infiltração de água no solo.
Cobertura morta após capina de gramíneas no Reflorestamento Vilar carioca, Campo Grande.
Em situações em que os processos erosivos ou deslizamentos de pequenas e medias proporções já estão em curso, barreiras de contenção podem ser construídas previamente ao plantio.
Barreira físicas Vila São Jorge, Realengo.
Em recuperação de áreas de restinga a preocupação com a movimentação da areia devido aos ventos predominantes, no caso do Rio de Janeiro, dos ventos de sudoeste, é uma constante, pois estes podem desenterrar as mudas rasteiras recém plantadas.
Telas de proteção contra ventos em plantios para recuperação de restinga, canteiro Orla da Barra da Tijuca.
Prevenção de Incêndios
Aceiro no reflorestamento Formiga I.
A prevenção contra incêndios é imprescindível, principalmente na fase de implantação de projetos em áreas dominadas por gramíneas que são excelentes propagadoras do fogo. A implantação de aceiros em pontos identificados como suscetíveis a entrada do fogo, como limites com comunidades, beira de estradas e áreas adjacentes dominadas por gramíneas são, até certo ponto, eficientes, mas muitas vezes o perigo vem do céu, junto com balões em queda, que em poucas horas transforma em cinzas o que levou anos para se desenvolver.
Incêndio em área de reflorestamento.
Controle de Formigas Cortadeiras
Em ambientes muitos degradados as formigas cortadeiras ou carregadeiras (gênero Atta e gênero Acromyrmex ), quando não controladas, causam desfolhas nas mudas podendo retardar o seu desenvolvimento e até levá-las a morte. Nestes casos o controle das formigas é realizado antes do plantio das mudas.
Seleção de Espécies e Plantio
Para reconstituição dos ecossistemas degradados buscamos trabalhar o mais próximo da sucessão natural, ou seja, do desenvolvimento da área em função das modificações na estrutura e composições do ambiente trabalhado. Desta forma, para a seleção das espécies a serem plantadas leva-se em consideração que cada uma delas possui sua área de ocorrência natural, com características ecológicas, morfológicas e fenológicas que nos permitem classificá-las em grupos funcionais e sucessionais. No Manual de Identificação de Mudas de Espécies Florestais encontram-se informações como zona de ocorrência, informações ecológicas, floração e outras para algumas espécies utilizadas em nossos reflorestamentos.
Escolher a espécie mais adequada a cada tipo de ecossistema é em passo importante rumo ao sucesso dos plantios...
Mangue Vermelho (Rhizophora mangle) com suas raízes escoras que emergem do solo e as tornam aptas a sobreviver sob constante influência das marés nos manguezais.
...Definir em que momento introduzi-las na área também!
O colaborador Mario Márcio nos mostra o excelente desenvolvimento das mudas um ano após o plantio no Reflorestamento Curicica.
Independente do ecossistema trabalhado, geralmente no início do projeto as áreas estão em estado de degradação alto. Nestes casos é desejável que as primeiras espécies plantadas sejam aptas a este tipo de ambiente (solo pobre, muita luz), produzam frutos atrativos de fauna e muitos descendentes para colonizar a área, além de crescimento vigoroso para junto com as plantas espontâneas favorecidas pela capina seletiva, possam competir com as plantas indesejáveis.
Conforme a área reflorestada vai se desenvolvendo, as qualidades ambientais se tornam mais favoráveis. As espécies colonizadoras já produzem uma certa sombra, depositam matéria orgânica no solo, formando uma camada de folhas e pedaços de galhos, chamada de serrapilheira, densa que contribui para melhoria da qualidade do solo.
Sendo assim, o ambiente passa a ser mais propício para entrada de outras espécies através da regeneração natural ou do plantio de mudas. Nesses ambientes e em clareiras pós manejo de plantas indesejáveis, pode-se introduzir com mais segurança espécies mais diversificadas e longevas que complementam a estrutura da vegetação.
Serrapilheira densa com fruto de Enterolobium contortisiliquum, espécie que na natureza nasce nas sombras e depois busca o sol.
Paineira (Ceiba speciosa), espécie que na natureza nasce nas sombras e depois busca o sol.
O tipo de cova, espaçamento entre plantas, adubação, densidade e distribuição dos indivíduos são determinados especificamente para cada ecossistema em seu respectivo projeto executivo.
A tabela a seguir apresenta as 33 espécies mais plantadas no ano de 2019
Manutenção
Os ciclos de manutenção com repetições periódicas das atividades descritas acima são realizados para garantir o desenvolvimento da área, favorecendo o crescimento de espécies espontâneas e das mudas plantadas até que a população formada apresente estrutura e composição capaz de restabelecer a dinâmica natural do ecossistema.
A capina chamada Coroamento das mudas é uma atividade essencial no primeiro ano após plantio.
Educação Ambiental
Mas não basta apenas cuidar das matas. Nós estamos intimamente ligados com as comunidades onde atuamos, tanto pela relação com os colaboradores como pelo Programa de Educação Ambiental em Áreas de Reflorestamento, o PEAR.
No PEAR, o Centro de Educação Ambiental da Prefeitura do Rio trabalha com moradores locais chamados de Agentes Ambientais, que através de diagnósticos locais desenvolvem o plano atuação na comunidade, além de levar os conteúdos para as escolas e promoverem a articulação com outros atores da região, de forma a criar uma rede de entidades e pessoas interessadas no bem estar nas comunidades. Esta rede vai além das comunidades, pois todos os agentes conversam entre si e criam uma intensa troca de experiência entre eles e as redes.
As ações do PEAR buscam uma maior integração das comunidades com a floresta para minimizar danos por invasões, reduzir a ocorrência de incêndios por queima de lixo, incentivar os moradores em querer ajudar e entenderem que a floresta está preservando a vida deles e eles estão preservando a vida da floresta, em um ciclo de coisas boas.
Monitoramento
O monitoramento dos reflorestamentos é realizado através de metodologia desenvolvida pelos técnicos da prefeitura com base no Diagnóstico Ambiental Rápido do INEA, adaptado as particularidades e desafios na recuperação das florestas em área urbana sob influência antrópica contínua, tal qual a realidade aqui apresentada.
São realizadas expedições em pontos previamente determinados dentro dos setores de reflorestamento e observadas características qualitativas e quantitativas da vegetação e entorno que irão auxiliar na classificação dessas áreas em um dos quatro Estágios de Desenvolvimento definidos na metodologia aplicada.
Uso de GPS para localização do ponto de avaliação do reflorestamento.
Coleta de material botânico para identificação.
Estágio 1
O primeiro estágio são as áreas recém plantadas, com altura média estimada inferior ou igual a 2 metros. Há muitas falhas nas linhas de plantio e necessidade de replantio que supera 20%. As copas das mudas/árvores não se tocam, fazendo com que a incidência de raios solares atinja diretamente o solo, o que favorece a permanência de gramíneas/espécies indesejáveis em todo setor avaliado e por isso requer capinas constantes. Não há deposição suficiente de folhas, frutos, flores e galhos sobre o solo capaz de formar serrapilheira significativa. A vegetação predominante são as espécies arbóreas plantadas.
Estágio 2
Nesta fase de desenvolvimento do reflorestamento, as árvores estão com altura média estimada entre 2 e 4 metros, ainda há necessidade de replantio, porém abaixo de 20%. As copas das mudas/árvores se tocam em poucos pontos do setor avaliado, por isso, a incidência dos raios solares é difusa e de menor proporção. Ainda há a presença das gramíneas/espécies indesejáveis dentro da floresta comprometendo o desenvolvimento dos indivíduos arbóreos plantados e o estabelecimento da regeneração natural na maior parte do setor avaliado. Há deposição de matéria orgânica, no entanto, é incipiente. Nesta fase, além das espécies de hábito arbóreo plantadas, observa-se também a existência de herbáceas de folha larga, cujo crescimento espontâneo é favorecido pela capina seletiva.
Estágio 3
Nas áreas classificadas como Estágio de Desenvolvimento 3, as árvores do estrato superior têm altura média estimada entre 4 e 10 metros, as falhas nas linhas de plantio são inferiores a 5% e não comprometem o plantio.Há pouca ou nenhuma necessidade de replantio e eventual plantio de enriquecimento. As copas das mudas/árvores se tocam na maioria dos pontos do setor avaliado, a incidência dos raios solares é difusa e de baixa intensidade, pode atingir o solo em poucos pontos ou não. A presença de gramíneas/espécies indesejáveis não comprometem o desenvolvimento dos indivíduos arbóreos plantados, porém impede/prejudica o estabelecimento da regeneração natural. Há deposição de matéria orgânica, formando serrapilheira densa na superfície e em decomposição nas camadas mais próximas ao solo, apresentando horizonte orgânico. Presença de espécies de hábito arbóreo em dois estratos visivelmente diferenciados, existindo sub-bosque composto de arbustivas, herbáceas de folha larga e regeneração da vegetação arbórea.
Esquema de estratificação da vegetação.
Estágio 4
No Estágio de Desenvolvimento 4, as árvores do estrato superior apresentam altura média estimada maior que 10 metros e não há nenhuma necessidade de replantio, existindo regeneração natural dos indivíduos arbóreos. Existe sobreposição de copa na maioria dos pontos do setor avaliado. A eventual ocorrência de gramíneas/ espécies indesejáveis, não compromete o desenvolvimento dos indivíduos arbóreos plantados e o estabelecimento da regeneração natural. Existe deposição de matéria orgânica, formando serrapilheira densa na superfície e em decomposição nas camadas mais próximas ao solo que apresenta horizonte orgânico. Presença de espécies de hábito arbóreo em dois ou mais estratos visivelmente diferenciados, existindo sub-bosque composto de arbustivas, herbáceas de folha larga, regeneração de vegetação arbórea, além de significativa presença de epífitas e/ou lianas lenhosas.
Resultados do Reflorestamento
Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras, então, para falar de resultados, iniciemos pelas imagens:
Morro do Urubu: 1990 - 2019
Serra do Barata: 1987 - 2019
Sulacap: 2016 - 2018
PRAD Costão da Prainha: 2016 - 2020
Morro Dois Irmãos: 1993 - 2019
Pense em 189 Projetos de Recuperação Ambiental, somando um total de 3.461,63 hectares de áreas trabalhadas.
182 projetos em área de Floresta Ombrófila Densa
Reflorestamentos Formiga I e Formiga II, Tijuca: 1990 - 2020.
2 projetos em Restingas e 1 em Brejo
Recuperação de restinga, Projeto Grumari Orla: 2005 - 2019.
4 projetos em Manguezais
Recuperação de manguezal, Projeto Jequiá: 2002 - 2019.
O Programa foi crescendo com as florestas, gerando filhos e filhas nos diferentes lugares da cidade, espalhados em 92 bairros em todas as regiões do município, contendo deslizamentos, assoreamento de redes pluviais e a ocupação humana de áreas vulneráveis a acidentes geotécnicos.
Os projetos formam corredores conectando a Floresta da Tijuca – Unidade de Conservação Federal, o Maciço da Pedra Branca – Unidade de Conservação Estadual e o Maciço Gericinó-Mendanha – Unidade de Conservação Estadual e Municipal e em seus contrafortes, como também em morros isolados. A promoção desses corredores de biodiversidade, permite o fluxo gênico e, consequentemente, maior diversidade ecológica. Ao circular por esses corredores a fauna também se protege do contato direto com a malha urbana da Cidade.
Em monitoramento realizado através de diagnóstico em 110 reflorestamentos, as áreas foram classificadas conforme a tabela ao lado.
Nem sempre o processo é linear e contínuo. Fatores como insegurança devido a ocorrência de conflitos armados, incêndios, desmatamentos, invasões e descontinuidade de contratos geram retrocessos no desenvolvimento das áreas e podem até levar a paralisação de alguns projetos, o que contribui para o grande percentual de áreas nos dois primeiros estágios de desenvolvimento.
Desmatamento no reflorestamento Santa Marta, Laranjeiras - 2016.
Mesmo com todos os desafios encontrados o diagnóstico identificou mais de 900 espécies vegetais, de herbáceas a árvores de grande porte, incluindo 66 espécies com algum grau de ameaça.
Leandra sp herbácea comumente encontrada em áreas de estágio de desenvolvimento 3 e 4.
Hymenaea courbaril (jatobá) no Reflorestamento Morro São Francisco.
Ceiba erianthus (Paineira de pedra) no Reflorestamento Parque Ideal.
Ficus eximia (Figueira branca), espécie que consta da lista de espécies ameaçadas do CNCFlora.
Com a evolução da vegetação observamos o retorno da fauna. Ao mesmo tempo que mamíferos, répteis, pássaros, insetos e outros animas encontram abrigo, alimento e formam suas complexas redes alimentares, nos auxiliam no enriquecimento das áreas através da dispersão de sementes.
Bicho Preguiça no reflorestamento Amigos do Parque dois Irmãos e Piriquito-rei no reflorestamento Serra da Posse.
Cerca de 15.000 colaboradores das comunidades vizinhas aos reflorestamentos passaram pela experiência no Programa Mutirão Reflorestamento e se tornaram agentes das transformações ocorridas, que trazem melhor qualidade de vida pelos diferentes serviços ambientais produzidos pelas florestas, além de oferecer aos cidadãos e seus visitantes, espaços naturais agradáveis para o lazer, que muitos sequer sabem tratar-se de áreas reflorestadas.
O topo do Morro Dois Irmãos pode ser acessado por trilha que está em parte no Reflorestamento Vidigal, São Conrado.
Ao longo dessas três décadas, o Programa Mutirão Reflorestamento obteve prestígio internacional e fez parcerias com a Academia resultando em produções acadêmicas sobre diversos aspectos referentes a atividade desenvolvida.
Premiações
- Projeto Megacidades – ONU, 1990;
- 100 Experiências Brasileiras de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 - Ministério do Meio Ambiente, 1997;
- 20 melhores projetos - Concurso Gestão Pública e Cidadania - Fundação Getúlio Vargas (FGV) /Fundação Ford, 1997;
- Melhores Práticas e Programa Líder Local” - UNCHS/Habitat, 1998;
- Prêmio CREA-RJ de Meio Ambiente – CREA-RJ, 1998;
- Prêmio Projeto Modelo - Sociedade para a Restauração Florestal (Society for Ecological Restoration), 1999;
- Menção honrosa no Prêmio Metrópoles - 2020;
- Homenagem no II Simpósio de Restauração Ecológica do estado do Rio de Janeiro em reconhecimento aos relevantes serviços prestados no âmbito da Restauração Ecológica, 2019.
Assista ao vídeo comemorativo dos 33 anos do Programa Mutirão Reflorestamento.
Programa Mutirao Reflorestamento 33 anos
O Reflorestamento está aqui!
Acesse o mapa abaixo, veja fotos e saiba mais informações sobre nossos projetos.
Projetos de Reflorestamento - SMAC.
Como Participar
Existem diferentes formas de participar e colaborar com o Programa Refloresta Rio:
- Conhecer mais – este Portal foi criado com este objetivo, aqui desejamos oferecer os conteúdos sobre este trabalho, estamos apenas iniciando esta caminhada!
- Divulgar – conte para todos sobre a existência desta política pública, divulgue este Portal;
- Participar de atividades abertas ao público;
- Ser voluntário para ajudar na realização de atividades abertas ao público.
Atividades abertas ao público
Costumamos realizar alguns mutirões de plantios ao longo do ano, que são divulgados na comunidade onde o mutirão acontecerá, mas em função do interesse demonstrado pelos participantes da pesquisa Refloresta Rio, tão logo tenhamos passado o período da pandemia, realizaremos mutirões de plantios que serão divulgados para todos.
A colaboração de voluntários ajudará na melhor execução dos mutirões.
Como ser Voluntário
É necessário fazer o cadastro no Programa Voluntários por Natureza.
No momento a colaboração de voluntários é bem vinda no apoio às atividades abertas ao público, que em breve serão divulgadas.
Convite para Mutirão de Plantio no Reflorestamento Morro do Exército 2017.
Fale Conosco
Rua Afonso Cavalcanti, 455, sala 1225 - Cidade Nova, Rio de Janeiro - RJ
Tel: (21) 2976-1259
Siga-nos no Instagram: @reflorestario