Cartografia & Arte: a arte no mapa


O que vem à sua mente ao ler a palavra MAPA?

Talvez seu pensamento viaje por mapas que teve contato nas aulas de geografia. Talvez pelo mapa que utilizou para localizar algum endereço em uma busca no Google Mapas.

O fato é que mesmo que a gente não reflita sobre a existência dos mapas, eles fazem parte do nosso cotidiano, povoam nossas mentes, guiam os nossos caminhos e até a nossa imaginação.

Mas o que os mapas teriam a ver com arte? Pensando nos mapas geográficos contemporâneos, as relações que possuem com a arte não são tão óbvias e instantâneas. Isso porque, de modo geral, a ciência cartográfica é historicamente marcada pela tentativa de eliminar elementos “artísticos” e “subjetivos” que afetariam a objetividade e a precisão. Tentativa que deixou suas marcas, mas, como veremos, falhou ao tentar excluir a arte, a imaginação e em reduzir a importância da dimensão estética da produção de mapas. 

Ao nos voltarmos ao começo da Época Moderna, no século XVI, mergulhamos em mapas recheados de paisagens, figuras humanas, animais, monstros marinhos, deuses, anjos, brasões, navios e monumentos.

Imagem: Cosmographie Universelle, de Guillaume Le Testu (1509-1572) 54 v, 55v. Fonte:  BnF Gallica  

E estes elementos estéticos da ciência cartográfica, que se combinam aos conhecimentos matemáticos, astronômicos, geográficos e políticos, não são apenas acessórios, mas parte integrante para a compreensão do todo.

Imagem: Detalhe - Cosmographie Universelle, de Guillaume Le Testu (1509-1572) 54 v. Fonte:  BnF Gallica 

Imagem: Detalhe - Cosmographie Universelle, de Guillaume Le Testu (1509-1572) 54 v. Fonte:  BnF Gallica 

Imagem: Detalhe - Cosmographie Universelle, de Guillaume Le Testu (1509-1572) 52 v. Fonte:  BnF Gallica 

Imagem: Detalhe - Cosmographie Universelle, de Guillaume Le Testu (1509-1572) 53 v. Fonte:  BnF Gallica 

Por vezes, a estética dos mapas se aproximou das expressões artísticas do período, as maneiras de ilustrar nos mapas beberam de técnicas compartilhadas com a pintura, ou os mapas até mesmo foram apreciados e colecionados da mesma maneira que as obras de arte.

Temos que ter em vista que pensar em quem era artista e quem era cartógrafo nessa época não é uma questão tão simples. Até o século XVII os ofícios se confundiam. Os mais diferentes profissionais participaram da elaboração de mapas.

Na Europa, no Renascimento, as relações recíprocas entre a pintura e a cartografia foram intensas. A cartografia e a pintura de paisagem eram atividades familiares, seus praticantes compartilhavam percepções de espaço e do cosmos, enfrentavam problemas de representar fenômenos de maneira coerente em uma superfície plana, além de que eram atividades muitas vezes realizadas pela mesma mão.

Imagem 1: D Stadt Loandas Pauli de Johannes Vingboons, 1665. Fonte:  Wikipédia  Imagem 2: Nova Amesterdã (atual Nova Iorque) de Johannes Vingboons, 1664. Fonte:  Wikipédia 

Para os renascentistas a medição passa a ser uma questão central. A certeza se associa à medição, alcançando através dela a proporção. A proporção é o que une as ciências naturais e a arte, visto que é, em um só tempo, um conceito matemático lógico e também um conceito estético. Dessa maneira, a busca pela mais correta proporção resultou no desenvolvimento da perspectiva: cálculos matemáticos que tornaram possível representar os objetos no espaço em suas posições e tamanhos corretos, produzindo de forma precisa a ilusão da realidade. 

Imagem: Chaves do céu, de Pietro Perugino ( 1481  82 ) Fonte:  Wikimedia 

Brunelleschi descobrindo a perspectiva linear através de espelhos. Imagem editada. Fonte:  pesquisadesenhotecnicoifes 

No século XV o pintor Filippo Brunelleschi percebeu, através da observação, com a ajuda de um espelho, que as linhas de uma paisagem convergem para um ponto na linha do horizonte, desenvolvendo um sistema com um ponto de fuga. Décadas depois, Leon Battista Alberti escreveu um tratado que explica os métodos da perspectiva.

Brunelleschi descobrindo a perspectiva linear através de espelhos. Imagem editada. Fonte:  wolfganghock 

O espaço em uma pintura em perspectiva, portanto, é uniforme e mensurável.

Ponto de fuga no afresco “A última Ceia” de Leonardo Da Vinci (1495-96). Fonte:  arteculturas 

O problema de determinar as posições relativas corretas no espaço era novo para a arte, mas antigo para as ciências. Ptolomeu (século I e II d.C.), em sua obra Geographia, “dividiu o mundo em uma rede de meridianos e paralelos e apresentou vários métodos para projetá-los em uma superfície plana.”A partir de seus métodos se tornou possível determinar a posição exata de qualquer lugar específico, em relação aos outros lugares e ao mundo. A obra de Ptolomeu, traduzida em Florença em 1406, serviu aos princípios harmônicos renascentistas. Desse modo, é muito provável que Brunelleschi estivesse familiarizado com o sistema de coordenadas de Ptolomeu quando descobriu as leis da perspectiva e é certo que foi modelo para a metodologia desenvolvida por Alberti.

Imagem 1: Retrato de Ptolomeu feito no século XVI por Theodor de Bry. Fonte: W ikipedia 

Imagem 2: Mapa de Ptolemeu, reconstituído da sua obra “Geografia (ca. 150), no qual paralelos são representados como círculos e os meridianos como retas. Fonte: W ikipedia 

Pintores renascentistas consagrados também produziram mapas. Leonardo da Vinci, movido pelos problemas de medição, perspectiva e proporção, não só para fins artísticos (já que sabemos que também foi um grande cientista, inventor e engenheiro) se empenhou arduamente no estudo da matemática e da geometria. Entre os anos de 1501 e 1502, ele se voltou para a cartografia e a engenharia militar e produziu mapas da Itália central de notável precisão, encomendados pelo então general Cesar Borgia.

Comparação do mapa da cidade de Ímola feito por Leonardo Da Vinci em 1502 e uma imagem capturada através de satélites do programa Google Earth em 2016. Fonte:  leonardodavinci.cc 

A cartografia era também encarada como uma forma de arte decorativa, utilizada para fins estéticos, como nos mosaicos de piso, afrescos e tapeçarias. No século XVII se torna item de colecionador. Nos quadros de Vermeer fica claro o comum costume de utilizar mapas para decorar o interior das casas.

Imagem 1: Oficial e Garota Sorrindo de Johannes Vermeer, 1655-1660. Fonte:  Wikipédia 

Imagem 2: A Arte da Pintura de Johannes Vermeer, 1666. Fonte:  Google Arts & Culture 

Para dar forma física à cartografia era necessário dominar técnicas como a xilogravura, que envolve o entalhe de madeira e a gravura em cobre. Esses artesãos que se envolveram na produção de mapas se dedicaram à nitidez das linhas e à delicadeza das variações tonais, usufruindo de antigas técnicas da pintura como o uso de realces e sombras para mostrar relevos. E se engana quem pensa que essa dimensão artesanal que dá materialidade ao mapa estava separada da matemática e da geometria. Como já foi mencionado, não podemos pensar na divisão das profissões e dos conhecimentos a partir da configuração atual.

Desta forma, o famoso cartógrafo Gerald Mercator, além de grande matemático e geógrafo, era bastante habilidoso na gravura em cobre. Por ser um dos pioneiros na técnica, causou grande impacto na cartografia do período, já que a gravura em cobre apresentava diversas vantagens em relação a antiga xilogravura.

Imagem: Retrato de Gerald Mercator e Jodocus Hondius, feito por   Colette van den Keere  Hondius (1628–1633). Fonte:  Norman B. Leventhal Map Center Collection 

A partir da gravura em cobre, saem de cena as letras góticas desajeitadas e os grandes espaços vazios, trocadas por formas de letras elegantes e complexas e a representação artística de mar e terra com o uso do pontilhado. A gravura também permitia correções rápidas e quase invisíveis.

Imagem: Detalhe - “Udrone, Irlandiae in Catherlagh Baronia”, de Gerald Mercator (1595). Fonte:  gallica.bnf 

Na “arte de fazer mapas”, as cores, os símbolos, as gravuras e as legendas são elementos fundamentais para dar significado aos mapas.

A pluralidade dos ramos de conhecimento que compunham a cartografia se torna ainda mais evidente quando lembramos que muitos dos profissionais que produziram mapas se definiam como cosmógrafos – a exemplo do próprio Gerald Mercator. A cosmografia, de acordo com a definição de Mercator era o “estudo de todo o projeto universal que une os céus da terra e da posição, movimento e ordem de suas partes.” Os cosmógrafos fluíam entre os diversos campos de conhecimento como a astronomia, a física e a astrologia. Assim, para a cosmografia, não bastava apenas mapear a terra, era necessário também mapear os céus, o universo e o próprio tempo. E os mapas celestes não falharam em mostrar como os cosmógrafos dominavam também a técnica da pintura.

"Plano ptolomaico", de Andreas Cellarius (1661). Este mapa celeste representa o universo centrado na Terra teorizado por Claudius Ptolomeu. Fonte:  Norman B. Leventhal Map Center Collection 

As imagens que recheiam os mapas se relacionam ao exercício da imaginação geográfica, próprio do processo de produção cartográfica, que não se opõe aos procedimentos científicos. O que em um primeiro momento podemos enxergar como simples decoração, após uma reflexão mais profunda que leve em conta o contexto de produção do mapa, revela-se como uma gama de elementos simbólicos que carregam valores culturais e políticos.

Imagem: Orbis Plancius, de Petro Plancio e Iohannes a Duetecum iunior (1594). Fonte:  Wikimedia 

Neste mapa do século XVII, os continentes são representados nos quaro cantos do mapa em forma de alegorias, figuras que exprimem vícios e virtudes que acreditavam-se ser característico de cada continente e sua população. Os quatro continentes são representados por figuras femininas que distinguem-se entre si por se apresentarem vestidas ou seminuas, sentadas sobre diferentes animais e carregando determinados objetos.

Imagem: Nova Totius Terraru, de Nicolaes Visscher (1652) Fonte:  David Rumsey 

A distribuição das imagens no mapa constitui uma hierarquia, vinda da escrita alfabética, na qual a leitura procede da esquerda para a direita e de cima para baixo. Assim, a Europa está no canto superior esquerdo, seguida pela Ásia, África e América. 

A Europa é representada como uma mulher bem vestida, sentada sobre uma esfera, que pode simbolizar a Terra.

Imagem: Detalhe - Nova Totius Terraru, de Nicolaes Visscher (1652) Fonte:  David Rumsey 

A Ásia se assemelha à Europa por também estar bem-vestida. As vestes parecem representar a suposta superioridade intelectual e moral desses continentes. Mas, diferentemente da Europa, a Ásia está sentada sobre um animal, o camelo.

Imagem: Detalhe - Nova Totius Terraru, de Nicolaes Visscher (1652) Fonte:  David Rumsey 

América e África são representadas como mulheres seminuas e se sentam sobre animais selvagens, o crocodilo e o tatu. O que se relaciona ao imaginário do observador europeu sobre esses continentes e seus habitantes como selvagens e exóticos. Imaginário que serviu aos europeus para justificar e impulsionar a invasão de territórios, a violência e a escravização de indígenas e africanos.  

Imagem: Detalhe - Nova Totius Terraru, de Nicolaes Visscher (1652) Fonte:  David Rumsey 

Ainda, as paisagens representam a diversidade da fauna e flora dos continentes. A partir dessas alegorias, ao identificar e construir um imaginário sobre o outro, a Europa identifica também a si mesma.

Imagem: Detalhe - Nova Totius Terraru, de Nicolaes Visscher (1652) Fonte:  David Rumsey  

No século XVII, os mapas eram emoldurados com imagens do Barroco e do Rococó: anjos, frutas, musas e heróis míticos. Já nos séculos XVIII e XIX as bordas eram enfeitadas com imagens rurais típicas do Romantismo: campos, pastores, árvores e feixes de trigo. Aos poucos as ilustrações vão se limitando apenas às bordas da descrição escrita do mapa.

Imagem: Detalhe - Mapa-mundi, de Tobias Lotter, (1775) Fonte:  wdl.org 

É importante notar que quando observamos a estética dos mapas, não nos limitamos à decoração, nos atentando também às cores, à caligrafia, aos símbolos e até mesmo a orientação a partir da qual o mundo é cartografado. Desta forma, por mais que a ciência cartográfica tenha, ao longo de séculos, tentando assumir uma estética neutra e objetiva, os mapas expressam em sua estética as concepções de mundo, valores, escolhas e relações de poder.

Por vezes, mapas fizeram sucesso pela experiência estética que proporcionaram, em detrimento de sua precisão geográfica, como podemos notar no caso de duas plantas de Roma datadas da metade do século XVI. Em 1551, Leonardo Bufalini publica a primeira planta da cidade de Roma construída em escala, entalhada em madeira.

Imagem: Planta de Roma, de Leonardo Bufalini (1551). Fonte:  info.roma 

Em 1558, Hugues Pinard publica sua planta gravada em cobre, bem diferente da de Bufalini. A segunda planta teve enorme sucesso editorial e serviu de modelo para diferentes plantas até o século XVII.

Imagem: Planta de Roma, de Hugues Pinard (1558) Fonte:  wikimedia 

O curioso é que a planta de Pinard parece constituir um retrocesso na evolução da cartografia, quando pensamos em termos de precisão geográfica, em relação a planta de Bufalini. Contudo, seu sucesso vem do ponto de vista do qual a cidade é retratada: é uma representação construída a partir de um ponto de vista elevado artificial, conhecido como “vista à voo de pássaro”. Este ponto de vista permite que as casas e monumentos não sejam reduzidos às suas fundações, constituindo figuras tridimensionais.

Imagem 1: Planta de Roma, de Leonardo Bufalini (1551). Fonte:  info.roma  / Imagem: Planta de Roma, de Hugues Pinard (1558) Fonte:  wikimedia 

A partir de 1500 era comum que os cartógrafos representassem as cidades europeias a partir da vista do voo de pássaro. Nestes mapas somos colocados no lugar dos pássaros para admirar aquilo que eles veem quando planam acima da terra. E este tipo de vista aérea, ou panorâmica, não se limita às plantas urbanas do período, atravessando os séculos seguintes até a contemporaneidade, em mapas e imagens de diferentes naturezas. Já no século XV, a vista à voo de pássaro aparece em pinturas, como na obra “A Virgem do Chanceler Rolin” de Jan van Eyck, de 1435.

A Virgem do Chanceler Rolin, de Jan van Eyck, 1435. Fonte:  Wikipedia 

A vista que nos é apresentada na pintura é artificial e inacessível a partir da arquitetura. O historiador da arte Felix Thürlemann afirma que o pintor se põe a imaginar “mais uma vista sobre o mundo no qual, à época, só eram capazes os pássaros - e, certamente, Deus, a virgem e os anjos.”

Imagem: Detalhe - A Virgem do Chanceler Rolin de Jan van Eyck, 1435. Fonte:  jornaltornado 

A vista à voo de pássaro continua a ressurgir em outras pinturas, mapas, fotografias e imagens de satélite, como no famoso programa de computador Google Earth, que apresenta um modelo tridimensional do globo terrestre e permite que tenhamos uma vista de Roma semelhante ao mapa de Hugues Pinard.

Vejamos um caso que combina o gosto pela arte e a a pretensão de precisão geométrica a partir da agrimensura: um Cabreo ilustrado de 1661, de Tivoli, na Itália. Cabreo era um tipo de registro imobiliário de propriedade privada, comum na Europa entre o século XV e XIX, encomendados por grandes proprietários. Poderiam conter somente descrições escritas, ou serem ilustrados. No segundo caso, além de documentos úteis a fins administrativos, por vezes foram considerados testemunhos artísticos. O Cabreo encomendado pela organização religiosa “Congregação dos Cavalheiros da Natividade da Virgem Maria”, feito principalmente pelo agrimensor Gismondo Stracha, incluí aquarelas, mapas, desenhos de terras, vegetação e edifícios, além de uma elegante decoração e extensas anotações.

O Cabreo feito por Gismondo Stracha se torna possível a partir da medição cuidadosa dos terrenos através das ferramentas da agrimensura e do talento artístico, com atenção meticulosa às características naturais do terreno e aos detalhes arquitetônicos dos edifícios, sem esquecer do cuidado com a harmonização das cores

O Cabreo ilustrado poderia ser percebido como obra de arte pelos proprietários que o encomendavam, não só como documento administrativo, mas como uma forma de pintar um quadro de sua história. Neste caso, o documento serviu ao propósito de apresentar visualmente a Congregação da Natividade da Virgem Maria e situá-la no território e na história de Tivoli. Nesta página, nos é apresentado uma vista de Tivoli, envolta por deuses romanos. Anio, derramando água de um vaso e segurando uma espiga de trigo, simboliza a fertilidade do vale abençoado pela abundância de água

Assim como documentos administrativos de propriedades privadas foram apreciados como obras de arte, atlas que pareciam úteis a interesses políticos e militares da coroa também foram. É o caso do “Teatro Geográfico Antigo e Moderno do Reino da Sicília”, de 1686.

Sicília no século XVII era conhecida por sua posição estratégica para o comércio e  a defesa militar no Mediterrâneo, por isso passou por diversas expedições para o mapeamento de suas fortificações. O manuscrito iluminado “Teatro Geográfico Antigo e Moderno do Reino da Sicília” reúne plantas das fortalezas, mapas e vistas das principais cidades costeiras do Reino.

O manuscrito é marca de uma época na qual se inaugura uma nova sensibilidade dos proprietários de atlas, que passam a gostar de possuí-los por finalidades principalmente estéticas. Além de simplesmente representar e descrever as fortificações militares, o manuscrito apresenta um retrato ornamentado do reino, satisfazendo o estilo artístico do período: o Barroco. Os principais monumentos do reino são incluídos de maneira acurada, além de belas ilustrações de mitos relacionados à ilha. É um testemunho artístico da Sicília moderna.

Este manuscrito também possui vistas à voo de pássaro. Nessas vistas, trechos da ilha de Sicília são representados a partir da perspectiva do litoral, como se o observador estivesse sobrevoando os mares. 

Por fim, entendemos que a história da cartografia é marcada pela inseparabilidade entre a arte e a ciência. Apenas partindo do entendimento do profundo diálogo entre arte e ciência é possível compreender a história da cartografia, em suas mais variadas dimensões.


Imagens

Capa: Novissima totius terrarum orbis tabula, de Jonh Seller (1672?) Fonte:  https://collections.leventhalmap.org/search/commonwealth:st74cx36k 

Vídeo mapa. Area Close-up Direction. Fonte:  https://www.canva.com/   

Treasure Map Navigation. Fonte:  https://www.canva.com/   

Mapa parede. Fonte:  https://www.canva.com/   

Cosmographie Universelle, de Guillaume Le Testu (1509-1572) 54 v, 55v. Fonte:  https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b8447838j/f116.item.zoom# 

Detalhe - Cosmographie Universelle, de Guillaume Le Testu (1509-1572) 54 v. Fonte:  https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b8447838j/f116.item.zoom# 

Detalhe - Cosmographie Universelle, de Guillaume Le Testu (1509-1572) 54 v. Fonte:  https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b8447838j/f116.item.zoom# 

Detalhe - Cosmographie Universelle, de Guillaume Le Testu (1509-1572) 52 v. Fonte:  https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b8447838j/f116.item.zoom# 

Nova Amesterdã (atual Nova Iorque) de Johannes Vingboons, 1664. Fonte:  https://pt.wikipedia.org/wiki/Jan_Vingboons#/media/Ficheiro:GezichtOpNieuwAmsterdam.jpg 

Chaves do céu, de Pietro Perugino (1481–82) Fonte:  https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Perugino_Keys.jpg 

Imagem 1:Brunelleschi descobrindo a perspectiva linear através de espelhos. Imagem editada. Fonte:  https://pesquisadesenhotecnicoifes.webnode.com/perspectiva/ 

Imagem 2: Brunelleschi descobrindo a perspectiva linear através de espelhos. Imagem editada. Fonte:  http://wolfganghock.com/pages%20F%20ist%20tot/26%20%20Brunelleschi%20p.html 

Ponto de fuga no afresco “A última Ceia” de Leonardo Da Vinci (1495-96). Fonte:   https://arteculturas.com/2017/04/26/perspectiva/ 

Retrato de Ptolomeu feito no século XVI por Theodor de Bry. Fonte:  https://pt.wikipedia.org/wiki/Ptolemeu#/media/Ficheiro:Ptolemy_16century.jpg 

Imagem 2: Mapa de Ptolemeu, reconstituído da sua obra “Geografia (ca. 150), no qual paralelos são representados como círculos e os meridianos como retas. Fonte:  https://pt.wikipedia.org/wiki/Ptolemeu#/media/Ficheiro:PtolemyWorldMap.jpg 

Comparação do mapa da cidade de Ímola feito por Leonardo Da Vinci em 1502 e uma imagem capturada através de satélites do programa Google Earth em 2016. Fonte:  http://leonardodavinci.cc/cartografia-do-mundo/ 

Oficial e Garota Sorrindo de Johannes Vermeer, 1655-1660. Fonte:  https://en.wikipedia.org/wiki/Officer_and_Laughing_Girl 

Retrato de Gerald Mercator e Jodocus Hondius, feito por Colette van den Keere Hondius (1628–1633). Fonte:  https://collections.leventhalmap.org/collections/commonwealth:41688024w 

Detalhe - “Udrone, Irlandiae in Catherlagh Baronia”, de Gerald Mercator (1595). Fonte:  https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/btv1b53225436j/f1.item.zoom# 

"Plano ptolomaico", de Andreas Cellarius (1661). Fonte:  https://collections.leventhalmap.org/collections/commonwealth:41688024w 

Orbis Plancius, de Petro Plancio e Iohannes a Duetecum iunior (1594). Fonte:  https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c5/1594_Orbis_Plancius_2%2C12_MB.jpg 

Detalhe - Mapa-mundi, de Tobias Lotter, (1775) Fonte:  https://www.wdl.org/pt/item/7/ 

Planta de Roma, de Leonardo Bufalini (1551). Fonte:  https://www.info.roma.it/pianta_di_roma_1551_leonardo_bufalini.asp 

Detalhe - A Virgem do Chanceler Rolin de Jan van Eyck, 1435. Fonte:  https://www.jornaltornado.pt/a-virgem-do-chanceler-rolin-jan-van-eyck/ 

Vídeo New 3D imagery of Rome in Google Earth 7 (2012) Fonte:  https://www.youtube.com/watch?v=Nw5oKxyp9Do 

fólio 1 verso do Cabreo da Congregação dos Cavalheiros da Natividade da Virgem Maria. Fonte:  https://www.utpjournals.press/doi/full/10.3138/cart.53.4.2018-0004  

fólio 12 do Cabreo da Congregação dos Cavalheiros da Natividade da Virgem Maria. Fonte:  https://www.utpjournals.press/doi/full/10.3138/cart.53.4.2018-0004  

fólio 1 do Cabreo da Congregação dos Cavalheiros da Natividade da Virgem Maria. Fonte:  https://www.utpjournals.press/doi/full/10.3138/cart.53.4.2018-0004  

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Créditos

Conteúdo elaborado por Fernanda Buttini Barczak - bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET) em História na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Revisão e supervisão de Tiago Kramer de Oliveira - professor tutor do PET História UFSC

Universidade Federal de Santa Catarina

Centro de Filosofia e Ciências Humanas

Curso de História

PET História UFSC

Florianópolis - SC

2021

Imagem 1: D Stadt Loandas Pauli de Johannes Vingboons, 1665. Fonte:  Wikipédia  Imagem 2: Nova Amesterdã (atual Nova Iorque) de Johannes Vingboons, 1664. Fonte:  Wikipédia 

Brunelleschi descobrindo a perspectiva linear através de espelhos. Imagem editada. Fonte:  pesquisadesenhotecnicoifes 

Brunelleschi descobrindo a perspectiva linear através de espelhos. Imagem editada. Fonte:  wolfganghock 

Ponto de fuga no afresco “A última Ceia” de Leonardo Da Vinci (1495-96). Fonte:  arteculturas 

Comparação do mapa da cidade de Ímola feito por Leonardo Da Vinci em 1502 e uma imagem capturada através de satélites do programa Google Earth em 2016. Fonte:  leonardodavinci.cc 

"Plano ptolomaico", de Andreas Cellarius (1661). Este mapa celeste representa o universo centrado na Terra teorizado por Claudius Ptolomeu. Fonte:  Norman B. Leventhal Map Center Collection 

Imagem 1: Planta de Roma, de Leonardo Bufalini (1551). Fonte:  info.roma  / Imagem: Planta de Roma, de Hugues Pinard (1558) Fonte:  wikimedia 

A Virgem do Chanceler Rolin, de Jan van Eyck, 1435. Fonte:  Wikipedia